Com a proximidade do Natal, um grande volume de consumidores é esperado nas lojas. E além de dar atenção a todos, os vendedores também precisam atender com qualidade. "Toda hora tem que estar ali, perguntando o que a gente precisa", opina a consumidora Bianca Cristina Leite. Sua irmã, Taís Aparecida Leite, afirma que nem todo vendedor é assim e expressa isso na forma de falar. "Eles são grosseiros."
Na posição de consumidora, a comerciante Clarete Sastre também tem suas reclamações. "Às vezes eles (vendedores) não têm muita paciência." O marido, Marco Marini, administrador de empresas, valoriza a simpatia dos atendentes. "Muitas vezes o vendedor atende emburrado, e isto é muito ruim."
Na visão da coach de comunicação e de carreira Cínthia Érika Araújo, que também é instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Londrina, mesmo que o fim do ano seja um período atribulado para o comércio, as empresas precisam oferecer treinamento aos seus funcionários, especialmente aos temporários. "Na época do Natal, muitas empresas acham que só contratar é suficiente."
Ao contrário do que muitos pensam, não é a lábia que faz um bom vendedor, diz Cínthia. "A venda só acontece se o cliente estiver necessitando de um produto ou serviço." A prática de "empurrar" mercadorias não é bem-vinda. "A gente vê muito despreparo. Vendedores que não sabem abordar o cliente; ou são muito chatos ou não têm proatividade", menciona a coach, que leva alunos de treinamento para serem "clientes ocultos" no comércio de Londrina.
Por mais que a loja esteja cheia, o funcionário tem que ser acolhedor, diz a coach. "Quando o vendedor está em atendimento, se chega outra pessoa, ele deve pelo menos olhar para o cliente, dar bom dia e dizer 'só um momento que já te atendo'", orienta.
Segundo o superintendente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Diego Menão, a associação oferece cursos durante todo o ano com foco em vendas e atendimento. De janeiro a outubro é quando os empresários se preparam, já que no final de ano falta tempo. "Percebemos que os empresários estão cada vez mais abertos à qualificação do colaborador." Segundo Menão, há empresas que anteciparam a contratação de temporários para que o treinamento fosse feito entre os meses de setembro e outubro.
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